Jantamos em plena Marina de Vilamoura. São 21h e estamos sentados numa mesa na esplanada, cheia de turistas e Portugueses também.
Ao nosso lado um casal de Belgas, girissimos e com 3 filhos!
A mais nova deve ter a mesma idade da M.
Maravilhosamente sentada, a comer sozinha e a olhar para um cenário de guerra!!!
A M. dá-lhe um ataque de birra e não quer sentar-se na cadeira.
Eu insisto porque quero que jante sentada e que aprenda que enquanto se come não se sai da mesa...ela grita e desata num choro estridente!!
Entretanto avista (para ajudar) uma mota daquelas de enfiar a moeda e corre que nem louca!
Senta-se na dita e ali fica com as lágrimas da birra a derramarem pelo rosto mas com um sorriso que não condiz!
O pai levanta-se e vai busca-la. Volta num berreiro.
Eu só peço para que a comida venha rápido!
Dou-lhe pão para a distrair mas em vez do pão acha mais graça à faca da manteiga e decide começar um batuque ensurdecedor com faca e prato à mistura!!!!
Mais uma birra quando lhe tiro a faca da mão!
Entretanto a comida chega.
Come 1/2 sopa a custo pois só pensa na mota!
Um miúdo da idade dela aproxima-se da mesa. Trocam palavras em código e o miúdo bate com o queixo na cadeira e sai a chorar!!!! (a mãe deve ter pensado que era a terrorista da M. mas juro que não)!!
Nós comemos o nosso prato em 5 minutos e eu só fiquei aliviada quando me vi longe dali!!!
Fiquei cansada e exausta!!!!!
Birras dos 2 anos já tinha ouvido falar!
Não aceitam um "não".
Acham que são eles que mandam.
Encenam uma peça dramática e nós sentimo-nos culpadas...
Apetece-me gritar, espernear, fazer como ela mas não posso!
E como faço para me livrar com classe disto?
"De pequenino se torce o pepino"
O que leio na teoria não resulta na prática...
- Longos sermões: quando consideram que o comportamento da criança exige uma chamada de atenção, os pais devem fazê-la de forma breve e firme, para evitar que a criança se distraia.
- Ameaças e mais ameaças: quando a criança não obedece aos pais é preferível ter uma atitude calma e reflectida, se for necessário, esperar um momento para parar e pensar antes de fazer alguma ameaça irreflectida que depois não se concretize. Desta forma, será mais fácil à criança acreditar que quando os pais dizem alguma coisa estão a falar a sério.
- A desautorização entre os pais: por vezes os progenitores não estão de acordo na definição das regras, no entanto, para que tal não se transforme num problema, é necessário identificar as situações que causam mais desentendimentos, para que possam agir em conformidade. Deste modo, quando um castiga ou elogia o outro não deve criticar, pelo menos na presença da criança. Desta forma, fica claro à criança que o que um dos pais decide é para ser cumprido. Caso os pais não estejam de acordo, devem discutir alternativas em conjunto, quando estiverem a sós e nunca na presença da criança.
- Gritar: a única vantagem é de aliviar a tensão, no entanto, as desvantagens são maiores: mostra descontrolo e convida a fazer o mesmo: vence quem fala mais ALTO!
- A inconsistência: os pais devem ser firmes e consistentes, usando sempre a mesma estratégia em situações semelhantes, sem esquecer que a não consistência nas regras é um convite para o fracasso e permite que a criança obtenha aquilo que deseja mesmo quando não obedece.
- Ceder à birra: a reacção do adulto ao lidar com a birra é muito importante e pode pôr fim à mesma ou dar-lhe mais forças, mantendo a sua presença. Dependendo das situações, o melhor é ignorar a birra e sair de perto da criança. Se a birra acontece em casa, deixar a criança chorar num lugar seguro até acalmar-se pode ajudar. Quando perceberem que a criança está mais calma aos pais podem apenas perguntar se a birra já foi embora e continuar a actividade que estavam a fazer, sem sermões. Quando a situação exigir, ou seja, caso a birra apresente contornos de agressão, pode ser aplicada uma punição, como por exemplo, não obter o objecto que motivou a birra. Isso permite à criança controlar-se melhor, prevendo as consequências dos seus comportamentos no futuro. Caso a birra apareça num local público, a criança deve ser retirada do centro do palco. A assistência das outras pessoas é tudo o que a birra precisa para ficar mais forte. Recorrer a ameaças e tentar assustar a criança não ajuda nada e apenas contribui para aumentar a tensão. Da mesma forma que, em casa, os pais também não devem ceder nem dialogar com a birra, quando todos estiverem mais calmos pode ser dada uma breve explicação à criança de que os pais não gostaram daquele comportamento e que sempre que se repetir será punido. Fundamental é o cumprimento do que for dito à criança para que ela saiba com o que conta.
Mas sabem o que me irrita nisto tudo? É ouvir dizer que eles só repetem o que vêm nos pais!!
Então mas eles não convivem com outros miúdos? Não é normal agirem de vez em quando em modo birra que nada tem a ver com o que aprendem connosco?
Cá em casa ninguém bate com os talheres no prato, ninguém se atira para o chão quando é contrariado, ninguém chora só quando não tem o que quer...
Que atire a 1ª pedra quem tem filhos e nunca teve um comportamento menos fantástico dos mesmos!!!!!
Mas cuidado que todos temos telhados de vidro!
Estou nesse filme também!!!!!! Um desespero.......
ResponderEliminarAposto anos de vida como até disso vai sentir saudades daqui a alguns anos [Eu tenho] porque o tempo não passa, o tempo voa!
ResponderEliminarPois que o meu M é especialista em situações dessas e digo-te, subscrevo cada linha :)
ResponderEliminarEu li um artigo numa revista com medidas muito práticas para este tipo de problema. São ajudas que resultam mesmo! Se quiser pode fazer o download em www.jw.org/pt , é a revista "Despertai!" do mês de Julho. Espero que seja de ajuda.
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